Daniel foi um profeta muito sábio e tinha o dom de interpretar sonhos e, mesmo em meio a uma cultura que ia contra o Deus verdadeiro, ele foi usado poderosamente para mostrar àquele povo que há apenas um só Deus, e não há quem possa impedir a sua mão.
Nesse texto você irá descobrir:
- Quem foi Daniel na Bíblia
- Daniel na cova dos leões
- Daniel e Nabucodonosor
- O sonho de Nabucodonosor
- A interpretação do sonho
- Os quatro impérios
- As profecias contidas no sonho de Nabucodonosor
Quem foi Daniel na Bíblia
Daniel é um personagem bíblico citado no Antigo Testamento. Cresceu em Judá, onde ficava a cidade de Jerusalém e o templo dos judeus.
A sua história na Babilônia, suas visões, interpretações de sonhos e suas profecias, juntamente com o famoso acontecimento envolvendo a cova dos leões, fez de Daniel um dos profetas mais conhecidos e citados da Bíblia.
Daniel na cova dos leões
A história da cova dos leões ocorreu quando o rei Dario precisou nomear 120 pessoas responsáveis por administrar o império e colocou três supervisores sobre eles, um deles era Daniel.
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A Bíblia conta que Daniel se destacou tanto como supervisor que Dario pretendia colocá-lo à frente de todo o governo. Porém, por conta de inveja, os administradores e os outros dois supervisores começaram a procurar algum motivo para tentar acusar Daniel e impedi-lo de assumir o governo.
Porém, devido a sua excelente conduta, não conseguiram e pensaram que a única forma de acusa-lo de algo seria atacando a sua fé.
Assim, os administradores e supervisores elaboraram um plano e foram até o rei Dario tentar derrubar Daniel e disseram ao rei:
“Oh grande rei, todos nós achamos que você deveria emitir um decreto ordenando que todo o homem que orar a qualquer deus ou a qualquer homem, além de ti, nos próximos 30 dias, seja atirado na cova dos leões” (Daniel 6:1-23).
Como o rei Dario gostava muito de Daniel e sabia que, em hipótese alguma, ele adoraria outro que não fosse o Seu Deus, o rei Dario ficou muito triste e resolveu pensar em formas de livrá-lo da cova dos leões.
Porém, o rei não conseguiu livrá-lo, mandou os guardas prendê-lo e em seguida jogá-lo na cova do leões.
O rei, decepcionado, disse a Daniel: “Que o seu Deus a quem você continuamente serve, o livre” (Daniel 6:16-24)!
Após ser colocado na cova, a mesma foi fechada com uma grande pedra e o rei, extremamente sentido, não conseguiu comer e nem dormir naquela noite.
No dia seguinte, após o nascer do Sol, o rei Dario foi até a cova e chamou com angústia a Daniel:
“Daniel, servo do Deus Vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?” (Daniel 6:20)
Então, Daniel respondeu:
“Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum” (Daniel 6:22).
O rei, sem entender o que aconteceu, ficou muito feliz ao ouvir a voz de Daniel e ordenou que ele fosse retirado da cova imediatamente e que seus acusadores fossem lançados na cova dos leões. Antes de chegarem ao fundo da cova, os leões os despedaçaram (Daniel 6:22).
Após esse ocorrido, o rei Dário estabeleceu um novo decreto onde em todo o domínio do seu reino os homens deveriam reverenciar o Deus de Daniel, pois Ele é o Deus Vivo e Verdadeiro, que livrou Daniel da cova dos leões (Daniel 6:27).
Daniel e Nabucodonosor
Outra história muito famosa a respeito do profeta Daniel está relacionada ao rei Nabucodonosor.
Nabucodonosor era rei da Babilônia e conquistou Jerusalém levando para o exílio em Babilônia alguns dos filhos de Judá, dentre eles Daniel, Hananias, Misael e Azarias (Daniel 1:6).
Como um rei pagão, Nabucodonosor não reconhecia o Deus de Daniel como verdadeiro e costumava consultar magos e adivinhadores para predizer o futuro.
Certo dia, ele teve um sonho que o deixou intrigado e fui buscar a interpretação através dos adivinhadores. Porém, nenhum deles foi capaz de interpretar corretamente (Daniel 2:10-11).
O rei se irou e mandou matar todos os magos da terra, pois não suportava mais suas enganações. Além deles, o rei também mandou matar todos os sábios, sendo um deles Daniel (Daniel 2:12-13).
Daniel perguntou o motivo, sabendo que não havia cometido nenhum crime e, então, ele pediu um tempo para que pudesse interpretar o sonho de Nabucodonosor.
Daniel e seus companheiros judeus oraram a Deus pedindo a revelação do sonho e assim aconteceu.
O sonho de Nabucodonosor
O rei sonhou com uma grande estátua de quatro partes principais que tinha cabeça era de ouro, o peito e os braços de prata e o ventre e os quadris, de bronze. Tinha pernas de ferro que se apoiaram em pés feitos de uma mistura de ferro e barro.
De repente, uma grande pedra esmagou os pés da estátua e o resto da imagem, sendo que o que restou da estátua foi levado pelo vento, mas a pedra se tornou em uma montanha que encheu a terra toda.
Ao entrar na presença de Nabucodonosor para interpretar o sonho, Daniel fez questão de dizer que a interpretação não veio de homens e de nenhum outro deus e sim do Deus Vivo e, então, começou a interpretar o sonho do rei (Daniel 2:14-30).
A interpretação do sonho
Usado por Deus, Daniel interpretou o sonho da seguinte forma: as quatro partes da estátua representam quatro reinos. O primeiro, a Babilônia, representada pela cabeça de ouro.
Depois da Babilônia existiriam mais três reinos. O próximo reino seria inferior à Babilônia, representado pelo peito e os braços de prata; o terceiro seria maior, representado pelo ventre e os quadris de bronze e exerceria domínio sobre “toda a terra”; e o último, representado pelas pernas de ferro, e os pés de ferro e de barro, seria o mais forte dos quatro reinos (Daniel 2:31-45).
Os quatro impérios
Quando Daniel interpretou o sonho, o rei não tinha como saber quais eram os impérios descritos nesta profecia, pois Daniel identificou apenas o primeiro reino de Nabucodonosor (Daniel 2:37-38).
Nas demais passagens do livro de Daniel é possível identificar os próximos dois impérios devido às visões que ele teve, sendo esses os seguintes reinos: a Médio-Persa e a Grécia (Daniel 8:20-21).
O único reino não identificado por nome Daniel foi o quarto. Mas, de acordo com a história de Alexandre, o grande, é possível identificar esse império como sendo Roma.
E, de acordo com o sonho de Nabucodonosor, a mistura de barro com o ferro mostra esse reino totalmente dividido, sendo uma parte dele mais frágil que a outra e este reino seria esmiuçado pela grande pedra (Daniel 2:31-45).
As profecias contidas no sonho de Nabucodonosor
A grande pedra representa o reino eterno de Deus, sendo solta de um monte e descendo para esmagar os reinos humanos.
Outros profetas também profetizaram sobre esse mesmo reino, como Isaías (Is 9:7), Joel (2:26-27) e Amós (9:15).
Essa pedra representa um reino que jamais será destruído e, de acordo com as profecias, claramente é possível identificá-la como um quinto reinado, que será estabelecido com a volta de Jesus Cristo.
O poder de Jesus é a pedra que destrói tudo o que vem antes e seu reinado será estabelecido e nunca acabará (Daniel 2:44). Todo poder dos reinos humanos será destruído e somente Jesus reinará como soberano.
Sendo assim, Deus teria permitido Daniel ter tido uma visão do futuro deixando, através de suas profecias, a esperança de um novo reino de paz e justiça.
Com isso, podemos compreender que o sonho de Nabucodonosor foi permitido ser interpretado para mostrar que por mais que os reinos do mundo pareçam ser imbatíveis e invencíveis, Deus é quem está dirigindo a história do mundo e da humanidade para que Seu reino eterno seja estabelecido através de Seu filho, Jesus Cristo.