Você conhece a história de Ester? Já ouviu falar da Festa dos Purins? Sabe qual é a relação da história de Ester e essa Festa Judaica? Você já ouviu falar da expressão “jejum de Ester”? É isso mesmo! A história de Ester está ligada a diversos elementos da cultura judaico-cristã. Se você quer aprender sobre Ester, continue lendo este texto.
A história de Ester é um marco na cultura judaica. Você sabia que Lutero achava que o livro de Ester não deveria estar na Bíblia, pois não menciona o nome de Deus. Porém quando você conhece a história de Ester percebe que mesmo sem mencionar Deus, Ele está presente em cada detalhe da vida dessa mulher de fé e coragem.
Nesse texto você irá descobrir:
- A história de Ester;
- A importância de Ester;
- A teologia de Ester.
História de Ester
A história de Ester está registrada no livro da Bíblia que leva o mesmo nome da personagem. Nos dez capítulos que formam o Livro podemos ver tramas e reviravoltas que tornam a história de Ester dignas de filmes hollywoodianos. É importante saber que Ester não é o nome verdadeiro dela, o seu nome era Hadassa, que significa sorte.
Os judeus tinham sido derrotados pelos Babilônicos e parte de sua população foi cativa como escravos. Depois de alguns anos os Babilônios foram conquistados pelos Medo-Persas, esse novo império preferia servos rentáveis ao invés de escravos. Assim os Judeus e seus descendentes passaram a ter mais liberdade.
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Ester é uma jovem israelita, descendente dos cativos da antiga Babilônia. Ela vivia com seu tio Mardoqueu ou Mordecai. Ela e seu tio viviam na capital do império Medo-Persa. Seu tio trabalhava nos portões do palácio e eles viviam uma vida simples e pacata. Porém muitos membros do império não gostavam dos israelitas e buscavam meios de persegui-los.
Certo dia, o rei Assuero teve um desentendimento com sua mulher. Ouvindo seus conselheiros e tomado de raiva ele criou um decreto desfazendo seu casamento com ela. As leis criadas pelos persas e selada com o anel real não podiam ser revogadas nem pelo próprio rei. Muito triste e aflito , Assuero decide escolher uma nova esposa.
Ele estabelece um decreto em que cada família tinha que enviar uma filha para ser candidata a nova mulher de Assuero. Entre essas mulheres levadas estava Ester. Seu tio com medo de que se as pessoas soubessem que ela era israelita lhe fizesse mal, pede para sua sobrinha se apresentar com um nome cananeu, Ester.
Assuero fica muito impressionado com a Jovem e a escolhe como sua nova esposa. Ester passa a viver no palácio como uma rainha, escondendo suas origens judaicas. Existia na corte do rei um conselheiro chamado Hamã. Ele procurava um meio de destruir os Judeus. Esse conselheiro nutria um ódio ainda maior por Mardoqueu que se recusava a reverenciá-lo. Esse ódio ficou ainda maior quando Mardoqueu foi reconhecido por Assuero, pois ele havia impedido uma trama feita para matar o rei.
Hamã criou uma armação para que fosse criada uma lei em que em um dia específico os Judeus fossem aniquilados. Esse decreto foi selado com o anel real. Além disso ele mandou construir uma forca especialmente para matar Mardoqueu. Quando sabendo israelitas ficaram sabendo desse decreto, choraram e vestiram pano de saco, clamando a Deus por livramento.
Mardoqueu vai até Ester e pede para que ela fosse ao rei pedir para que ele intervisse. Porém Ester tinha medo, pois se apresentar diante do rei sem ser convocada era morte certa. Mas Mardoqueu relembra a Ester seu compromisso com Deus e com seu povo. Ester convoca os judeus para um jejum de três dias, o famoso jejum de Ester. Assim ela se enche de coragem e vai até o rei.
Assuero gostava muito de Ester, por isso estendeu seu cetro perdoando a jovem por sua ousadia. Ela convoca o rei e Hamã para um banquete de três dias que ela preparou para eles. No final dos três dias ela conta para Assuero toda trama de Hamã, inclusive seu plano de enforcar o seu Mardoqueu, que ela revela ser seu tio.
O rei não podia desfazer o decreto selado com o anel real. Porém ele criou um outro decreto permitindo que os Judeus pudessem se defender daqueles que tentassem matá-los. Ele também condenou Hamã a ser enforcado na forca preparada para Mardoqueu. Assim Deus deu livramento ao seu povo através da vida da Jovem Ester.
Importância de Ester
A história de Ester é um marco na história de Israel, pois suas ações impediram um genocidio do povo de Deus. O dia treze do primeiro mês que deveria ser o fim dos judeus, tornou-se um dia de celebração ao livramento dado por Deus. Nesse dia é comemorado a festa dos Purins. Nessa festa é lido o Livro de Ester.
Teologia de Ester
Apesar de o livro de Ester não fazer nenhuma referência direta a Deus, ele é um livro onde a presença de Deus é notória do início ao fim. Você pode ver a providência divina em cada passagem da história de Ester. Nele são tratados temas teológicos e cristãos muito importantes como: a providência divina, o poder da oração, o jejum, livramento de Deus, a história de Israel.
Outro fato importante na história de Ester é o de que é uma história protagonizada por uma mulher. Esse livro é muito importante para os debates de gênero. Apesar de ainda ter alguns elementos misóginos, o fato de em um período extremamente machista e em um povo de cultura patriarcal você ter um texto sagrado que coloca a atuação de uma mulher como centro revela como Deus não faz distinção entre homens e mulheres.
A história de Ester é importante em vários aspectos. Ela foi uma canal de Deus para livramento do povo, ela foi um exemplo de confiança em Deus e coragem e sua história é uma inspiração para homens e mulheres tementes a Deus até os dias de hoje. E ai? Gostou de saber mais sobre a história de Ester?