Quem foi Abimeleque

Abimeleque foi um dos juízes de Israel e era filho de Gideão. Após a morte de Gideão, Abimeleque matou seus setenta irmãos e se autoproclamou rei de Siquém. Seu reinado foi marcado por violência e derramamento de sangue, e ele acabou sendo morto por uma mulher que jogou uma pedra em sua cabeça.

Nesse texto você irá entender:

• História de Abimeleque
• A profecia de Jotão sobre a morte de Abimeleque
• A morte de Abimeleque

História de Abimeleque

O capítulo 9 de Juízes relata a história de Abimeleque. Ele convenceu os líderes de Siquém a apoiá-lo como seu rei, prometendo-lhes prosperidade e segurança.

No entanto, seu reinado foi marcado por violência e derramamento de sangue. Ele ordenou a morte de seus irmãos para eliminar qualquer competição pelo trono e também matou muitos cidadãos de Siquém que se opuseram a ele (Juízes 9:1-6).

Apenas um irmão de Abimeleque, Jotão, sobreviveu, pois havia se escondido: “E foi ter com seu pai à casa dele, em Ofra, e matou a seus irmãos, filhos de Jerubaal, setenta homens sobre uma pedra; porém Jotão, o menor filho de Jerubaal, ficou escondido, porque se escondera” (Juízes 9:5).

Depois disso, Jotão, através de uma parábola, profetizou a morte de Abimeleque (Juízes 9: 7-15).

A profecia de Jotão sobre a morte de Abimeleque

Após sobreviver ao massacre que mataria seus 70 irmãos, Jotão profetizou que Abimeleque e aqueles que o apoiaram seriam consumidos por um fogo que eles próprios acenderam.

Jotão conta uma parábola aos cidadãos de Siquém, que haviam escolhido Abimeleque como seu rei. Na história, as árvores decidem escolher um rei e oferecem o cargo primeiro à oliveira, depois à figueira e à videira. Todos recusam, até que a espinheira aceita (Juízes 9: 7-15).

Jotão interpreta a história, dizendo que a oliveira, a figueira e a videira representam líderes bons e justos que recusaram o poder, enquanto a espinheira representa Abimeleque, um líder impiedoso e corrupto (Juízes 9:7-21).

A morte de Abimeleque

Abimeleque e suas tropas invadiram a cidade de Siquém para destruí-la. Após destruir a cidade, eles foram para a cidade de Tebez e, chegando lá, ficaram sabendo que muitos refugiados haviam se escondido nas torres da cidade.

Então, Abimeleque e seu exército subiram até a torre para queimá-la. Porém, em um momento de distração, uma mulher pegou uma pedra e acertou a cabeça de Abimeleque, quebrando seu crânio: “E uma mulher lançou uma pedra de um moinho sobre a cabeça de Abimeleque, e lhe quebrou o crânio” (Juízes 9:53).

Ainda vivo, Abimeleque ordenou que seu escudeiro terminasse de mata-lo para que ninguém pudesse dizer que ele havia sido morto por uma mulher: “Então chamou logo ao moço, que levava as suas armas, e disse-lhe: Desembainha a tua espada, e mata-me; para que não se diga de mim: Uma mulher o matou. E o moço o atravessou e ele morreu” (Juízes 9:54). Quando o exército de Abimeleque percebeu que ele estava morto, eles se dispersaram.

Com isso, a profecia de Jotão sobre a morte de Abimeleque se cumpriu e a morte de seus irmão foi vingada:

“Assim Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que tinha feito a seu pai, matando a seus setenta irmãos. Como também todo o mal dos homens de Siquém fez tornar sobre a cabeça deles; e a maldição de Jotão, filho de Jerubaal, veio sobre eles” (Juízes 9:56-57).

A morte de Abimeleque foi uma consequência de sua busca implacável pelo poder e da violência que ele infligiu a seus irmãos e outros líderes da região. Mesmo na morte, sua crueldade e tirania foram expostas.

A história de Abimeleque destaca a consequência da busca pelo poder sem princípios morais e justos. Seu reinado foi um exemplo do que acontece quando um líder não é escolhido por Deus ou não segue os princípios divinos e foi marcado por muita violência e corrupção.

Como consequência, sua morte foi um fim trágico para um líder que escolheu o caminho da opressão em vez da justiça. Além disso, sua história também destaca a importância da honestidade, da justiça e o poder das profecias e o cumprimento da vontade de Deus na história de Israel.